Daí que eu tava resolvida a fazer meus moldes, já que minhas últimas costuras usando moldes prontos não deram muito certo (vou falar sobre elas logo mais). Ainda levei um puxão de orelha da madrinha nos comentários, hahaha. Resolvi então começar por um short, porque, como eu falei antes, tô precisando de roupas pra ficar em casa.

Peguei o meu livro do Gil Brandão (que merece um post só dele) e lá fui eu.

capítulo que ensina a fazer short e bermuda

Não tirei fotos do processo de fazer o molde e nem da peça piloto (já aceitei no coração que eu preciso fazer) por motivos de: esqueci. Mas enfim, molde pronto e testado, fui em busca do tecido. Queria que fosse de sarja, porque aguenta mais o tranco que tricoline. Olhei minhas sarjas tão bonitinhas e pensei: e se não der certo? Apesar de já ter testado, sei lá, às vezes dá ruim. Então lembrei de uma coisa. Eu tinha uma saia de sarja, longa e pesada, que usei duas vezes, só quando tava realmente bem frio. Era essa aqui:

look senhorinha 😛

foto da saia com a melhor qualidade da câmera do meu celular

detalhe do cós e do botão

A saia era pesada, ruim de passar e nem usei tanto assim. Ela era feita por três retângulos, ou seja, não tinha recortes. Pensei então em aproveitar esse tecido todo pra fazer o bendito short. Cortei o cós dela, descosturei o que sobrou da saia, passei o tecido e comecei a costurar. Costurei bem devagar, prestando atenção aos acabamentos, porque agora #soudessas que se importa com o avesso da roupa. Acabei meu short e eis que ele ficou assim:

short simples, cintura alta, sem bolsos e sem cós

avesso do short, todo trabalhado no viés

detalhe do revel e da pence

Fiquei apaixonada, oh. Daí pedi pro Bê fazer algumas fotos do lúque do dia. Cheguei à conclusão que não teremos muitas fotos de look, tá gente? Hahaha. Eu me sinto muito estranha posando pra essas fotos, tenho vergonha, não sei fazer poses, e sei lá. Não esperem muitas fotos assim rs. Talvez quando eu tiver máquina fotográfica, eu mude de idéia #indiretas.

#poses

Então, sobraram ainda duas partes da saia, porque usei só a parte de trás pra fazer o short. Daí tô pensando em fazer um top com as partes da frente e colocar um bolso no short. Acho que dá, né?

Ah, o tecido da saia eu comprei no Fernando Maluhy, é uma sarja de algodão, e foi em torno de R$4 ou 7 o metro, não lembro (na parte de saldo). O molde dela eu tirei da revista burda 13, de agosto/15. O 38 deu certinho em mim dessa vez.

Beijo,

Esse fiz num dia, porque adoro esse modelo e tava afim de tentar mais uma vez.

A história é a seguinte: vi esse modelo na Burda 04 (nov/14) e quis fazer. Pela tabela de medidas da Burda, meu manequim é (ou seria) 40. Fui lá, copiei o molde, cortei o tecido, costurei num tricoline com estampa de azulejo português… e ficou enooooorme. Não foi grandinho, foi enorme mesmo. Tentei até apertar os lados, mas não ficou legal. Fiquei triste, mas uma semana depois comprei outro tecido, dessa vez uma sarja com estampa étnica, e resolvi refazer. Copiei dessa vez o tamanho 38, cortei, costurei… e ficou grande no busto. Aí resolvi dar pra minha prima, mas não deu nela, e insisti pra minha irmã ficar, porque ele tava lindo. Ela não gosta de tomara-que-caia, acho até que nunca vai usar, mas ficou com ele (acho que por causa da minha frustração. Sério, fiquei muito triste). Uns meses depois, arrumando meu armário, achei o primeiro vestido (ele tava tão lindo que não tive coragem de dar) e resolvi desmanchar pra refazer. Dessa vez, copiei o tamanho 36 e tava super empolgada, porque sabia que agora ia, ainda mais na estampa lindona. Desfiz o vestido, passei as partes dele, coloquei os moldes em cima e ajustei o tamanho. Diminuí também a altura, porque sou pequena e os moldes da revista são pra pessoas mais altas. Quando acabei de costurar e corri pra provar, o vestido não fechava. Ficou pequeeeno!!! Quase eu choro. Coloquei logo num saco com roupas pra doar e joguei o molde fora rs.

Minha hipótese é que, como eu não risco a margem de costura, corto logo imaginando um dedo, cortei errado o tamanho 38, porque não é possível ele ter ficado frouxo e o 36 ter ficado pequeno. Assumi essa culpa e deixei pra lá rs.

Mas por que eu não fiz uma peça-piloto em algodão cru antes? Porque esses tecidos que eu compro são muito baratinhos (tipo tricoline de R$4 e sarja de R$7), e se eu acertar, ótimo, porque são bonitinhos. Mas se eu errar, não gastei tanto assim. O algodão cru que achei era mais caro que o tricoline. Então, quando dá certo, além de eu usar o piloto, faço outros com tecidos melhores também.

Mas voltando… Quando minha irmã sugeriu esse tema, pensei imediatamente nesse vestido. E lá fui eu, mais uma vez, atrás da Burda, copiar o molde.

eu copiei o molde à noite, por isso usei esse abajur sem fio do Bê, de LED, que ajuda que é uma beleza

No outro dia, copiei o molde no tecido. Aprendi um négócio legal no Pinterest (me segue lá), de amarrar duas canetas pra riscar junto a margem de costura.

molde copiado

técnica aprendida no Pinterest e a margem de costura riscada junto com o desenho do molde

Cortei tudo bonitinho e corri pra máquina pra costurar.

pedaços com seus respectivos moldes

O vestido ficou lindo. Tentei caprichar em cada detalhe. Ah, sim. Dessa vez copiei o tamanho 38, cuidando pra cortar exatamente onde tinha que cortar e costurar no lugar certo. Mexi no comprimento igual fiz no 36 também. E…

frouxo no busto

deu ruim de novo. Gente!!!!! Ficou frouxo no busto e ficou mais curto que eu imaginava, mas como achei que fiquei com um corpão, nem liguei pro comprimento.

frouxão. se fosse mais apertadinho em cima, tava show

Diz se não ficou lindo, mesmo curto? Mas desguiei muito desmanchar pra refazer. Esse vai pra minha outra prima, que tem corpo de sereia e busto maior que o meu (eu acho). O bom de família grande é isso, não deu eu vou passando adiante. Só vou arrumar a barra, porque fiz uma bainha normal, mas quero fazer ponto invisível pra ficar mais bonito (e acho que dá pra aumentar mais o comprimento).

Depois que o Bê tirou as fotos, vi que o vestido tava todo torto. Mas deu pra ter uma idéia, né? Eu amei. Talvez um dia eu tente de novo, daqui a uns meses, quem sabe.

Ah, o tecido é um tricoline de algodão que comprei no saldão do Fernando Maluhy (falei aqui).