Livro: Aprenda a Costurar com Gil Brandão

Por Ana Elisa em Resenhas

Em setembro de 2014  comecei realmente a costurar (lembro bem a data porque foi um período difícil na minha família). Antes eu tentava, pedia uma ajuda da minha irmã pra costurar algumas roupas da Manequim, mas não me empenhava de verdade. Nessa época aí, minha prima Midori aceitou me dar uma ajuda (Midori é f*** na costura, já que ela faz isso desde que eu me entendo por gente), me ensinando o be-a-bá da costura e da modelagem. Junto com ela estava minha madrinha, me passando alguns dos conhecimentos sobre costura. E antes de voltar pra São Paulo, ganhei da minha madrinha esse livro do Gil Brandão. Coincidentemente, depois a tia Dile disse que tinha o livro e perguntou se eu queria, mas eu disse que já tinha e que minha irmã ficaria muuuito feliz em ganhar um também (olhaí como eu penso em ti, irmã).

Mas sim, dei uma folheada no livro e achei muito interessante, mas não lembro porque não trouxe ele de Manaus. Aí vasculhando a internet, achei a terceira edição do bendito livro pra download e baixei.

Método Gil Brandão <3

Método Gil Brandão <3

Sobre o autor (copiei do prefácio escrito por Edna Savaget porque achei sensacional rs): Um autêntico valor da nossa geração, médico de curso brilhante e arquiteto – talvez pela imperiosa necessidade de aplicar seus frenéticos valores estéticos em alguma atividade movida a lápis e compasso – resolve um dia (Louvado Seja Deus!), criar modelos femininos. E percebe quase displicentemente, (o que é seu feitio) que as mulheres o aceitam e o seguem sem hesitação. Havia sido descoberta a senda. O médico entraria com seus profundos conhecimentos de anatomia e o arquiteto com seus altos padrões de bom gosto, técnica e poder criador. E os dois se uniram para dar vitalidade à terceira força deste temperamento muito artista que é Gil Brandão.

É bem difícil encontrar algo sobre Gil Brandão, mas pelo que eu li, ele popularizou esse método disponibilizando moldes em jornal. Ele tem outros livros bem interessantes, com modelos da década de 50 e 60, acredito eu, e que são até atuais, se a gente levar em conta que a moda vai e volta.

Mas sim, o livro é dividido em três partes. Na primeira, Conselhos e Ensinamentos para Principiantes, o autor ensina a tirar as medidas, fala um pouco sobre tecidos e os processos de confeccionar uma roupa (corte do tecido, prova, pontos à mão…). A segunda parte é dedicada aos moldes, onde ele ensina a traçar os moldes básicos e alguns derivados destes, a fazer transposição de pences, drapeados e algumas técnicas, tipo fazer casas de botão. Por último, a terceira parte ele dedica a roupas infantis.

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primeiro capítulo

estudo dos recortes

estudo dos recortes

O que eu gosto nesse livro é que ele é tão explicado que te dá autonomia pra criar além do que é proposto, porque você começa a entender os moldes, e não só a copiar. Desde que comecei a fazer meus moldes pelo Aprenda a Costurar, quase não pego molde pronto na internet ou nas revistas, porque os moldes que eu faço me vestem bem melhor.

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estudo das golas

Até agora, na minha opinião, esse é o melhor livro de modelagem dos que eu tenho aqui em casa. Ele pode ser encontrado na internet aqui e pra download aqui (foi desse site que baixei), aqui e aqui (esses dois últimos não testei, então não sei se funcionam). Dá pra achar pra comprar pela Estante Virtual.

Achei ainda no meu Dropbox quatro volumes do livro Corte e Costura, 23 Modelos de Vestidos, 25 Modelos de Blusas e Blusões e 35 Modelos de Saias, todos do Gil Brandão, que minha irmã deve ter baixado e colocado lá. Agora os modelos são uma graça, dos anos 60, e a linguagem melhor ainda rs. Sou muito fã do G.B., oh.

Aprenda a Costurar com Gil Brandão. Gil Brandão. Ediouro (não sei ao certo o ano).

 


Par de Jarros: Top Cropped

Por Ana Elisa em Costura

Minha irmã tem um estilo bem garota ciclista carioca, que preza o conforto, a praticidade e a frescura (no sentido de pegar um vento) na hora de se vestir. Aí que ela resolveu fazer um top cropped que viu na revista burda 13 (agosto/15). O top é esse aqui, que na foto tá combinando com aquela saia que eu fiz.

top burda

fonte: http://www.burdastyle.com

Pra esse projeto ela escolheu um tricoline de algodão, com estampa de caju, porque se ela pudesse, saía vestida de salada de frutas. Mas ó que lindo que ficou:

caju2

adorei essas cores (acho que a saia também foi feita por ela)

detalhe dos cajus

zoom nos cajus

Esse top tava na minha lista desde quando eu fiz a saia, que eu queria combinar igual a modelo da foto hahaha. Quando eu vi que minha irmã fez e que ficou lindo, fui lá fazer, mesmo já tendo desfeito a saia pra usar junto. Peguei um retalho de tricoline que tinha aqui por casa e fui embora. A Dani fez o 38 e geralmente o meu é 36, mas resolvi fazer o 38 e cortar sem folga de costura (vivendo perigosamente!). O molde é aberto atrás, com um só botão bem em cima, mas ela fez fechado e eu resolvi fazer fechado também. Mas eu ri, que na hora que tava pronto não passou pela minha cabeça. Aí, ao invés de aumentar um pouco o decote, abri atrás, como no molde. Ficou assim:

frente e costa

frente e costas. resolvi colocar três botões pra fechar um pouco mais

Tirei umas fotos com o top, mas não curti como ele ficou em mim. Achei muito curto, muito frouxo… sei lá, não gostei e excluí as fotos. Agora me orgulhei dos acabamentos, oh. Fiz com todo o cuidado, e tô ficando cada vez melhor nisso, digue lá.

top2

acabamentos do decote e da cava, tudo com viés (depois da foto cortei aquele pedacinho de linha ali do canto)

Enfim, acabou que meu top vai pra sacola de doações, e não sairemos de par de jarros. Mas me diverti fazendo, e foi tão rapidinho 🙂

 

Ah, o retalho de tricoline que usei comprei na banca da Niazi Chohfi, na 25 de março, por R$3,50 eu acho. É sempre bom dar uma olhada por lá, principalmente quem faz patchwork. O tricoline da minha irmã foi comprado na Fernando Maluhy, e embora eu que tenha comprado, não lembro o preço.

Beijo,

 


O que andei fazendo

Por Ana Elisa em Costura

Ficamos muito tempo sem postar, e nesse tempo fiz algumas coisinhas. O Bê me pediu uns shorts de flanela,

short

eu fiz o molde – testamos com uma peça piloto, ficou coladíssimo, e eu fui arrumando o molde e testando, até que…

ele não quis aparecer porque é tímido

…ficou como ele queria. Depois de várias vezes que fiz, na final esqueci de casar as linhas do xadrez (ele não quis aparecer porque é tímido).

tentei fazer o Brigitte Dress de crepe-de-Chine,

tentei, mas ainda tenho que costurar muita viscose pra poder chegar na seda, olha

tentei, mas ainda tenho que costurar muita viscose pra poder chegar na seda, olha.

me estressei cortando o tecido e tentei de novo, com moletinho dessa vez,

malha: melhor pessoa!

costurar tecido que não desfia: uma paixão!!!

brigitte3

frente e costa trabalhadas nas pences

que ficou grande 🙁 mas ficou lindo! Já tô trabalhando nesse molde de novo. Fiz também um top cropped com um retalho de viscose,

molde que achei pelo dropbox, sei lá de onde rs

molde que achei pelo dropbox, sei lá de onde rs

cropped2

curti <3

e fiz uma roupa que talvez vá usar no casamento da minha prima (a que eu tava costurando). Tô pensando ainda.

Ah, além desses, fiz uns projetos de artesanato que vou mostrar depois. É isso, eu sumo mas as costuras não param.

Beijo,


Lojas de Tecido em Copacabana (e uma em Ipanema)

Por Dani em Guia de Lojas

lojas_copa

Eu sou apaixonada por Copacabana. O que faz muita gente desgostar do bairro é justamente o que mais me encanta aqui: é muvucado, barulhento e como eu costumo falar, o centro fora do centro. Copa, pros cariocas que tem mania de apelidar tudo, tem muito comércio e serviço. Tem muito idoso também, acho que aí rola mais um ponto de identificação pra mim, que tenho hobbies de gente mais velha. Em Copa existem vários armarinhos, mas lojas de tecido eu sei de 6 e sou freguês de 4.

Lealtex: Essa loja fica muito perto da minha casa e é onde eu vou no meio da semana quando não quero ir muito longe pra comprar um tecido. Os preços são iguais ao da loja do centro e o ponto mais legal é que sempre tem promoções. A minha irmã ficou obcecada com uma banca da Werner que tinha lá com retalhos em tamanhos maiores que 1,5m e com um precinho ótimo. Já comprei Viscose, Crepe Poly, Gabardine, Jeans, Tricoline, enfim, vários tipos de tecidos planos. Tem muitas opções de algodão cru a preço bom, que usei para bordar e para fazer peça piloto. Adoro ir lá e ser atendida por um senhor que se parece muito com o cantor Belchior, mas todos os outros funcionários da loja são muito legais e sempre fui bem atendida. Av. Nossa Senhora de Copacabana, 739 – CopacabanaSite aqui.

Caçula: A Caçula é um clássico do Artesanal/Compre em Quantidade aqui no Rio. Quando a loja gigante do Centro ficou destruída em um incêndio, achei que ia ter que ir até a de São Cristóvão. Alguns meses atrás, quando me mudei, estava passeando pelas ruas e encontrei essa loja novinha, novinha, cheia de itens de armarinho e alguns tecidos. Os preços praticados são maiores dos da loja do centro (que reabriu tem pouco tempo, nova e gigante) mas tem vários aviamentos em quantidade, pacotes de linhas, rolos de fitas, caixas de giz. Uma excelente alternativa para os preços avantajados de armarinhos da Zona Sul. Tem pouca opção de tecido e os preços são meio salgados, mas quebra um galho. O atendimento é bem atencioso e a loja é bem organizada. Rua Barata Ribeiro, 503 – Copacabana. Site aqui.

Casa Miro – Copacabana: É uma loja tradicional e que tem excelentes opções. Não é uma das mais baratas, mas compensa em qualidade e diversidade dos tecidos. Só fui lá uma vez e fui muito bem atendida por um senhor e por dois rapazes que ficaram horas comigo procurando um tecido que eu cismei mas que eles não tinham. Uma infinidade de tecidos e eu querendo só um, uma pena. R. Barata Ribeiro, 577 A  – Copacabana. Site aqui.

Casa Miro – Ipanema: Essa rua em Ipanema tem duas lojas de tecido, uma é Casa Alberto (que só vende tecidos muito muito chiques e caros que eu não teria coragem de costurar) e a outra é a matriz da Casa Miro. É uma loja antiga (funciona no mesmo endereço desde a sua fundação) e apertada mas, assim como a filial de Copacabana, tem muitas opções e um ótimo atendimento. Tenho um carinho por essa loja, pois é um negócio de família com um atendimento tão atencioso que acho que compensa os preços um pouquinho mais caros . Rua Visconde de Pirajá, 3 – Loja B – Ipanema. Site aqui.

Outras lojas que nunca fui mas sei que existem:

Casa Pires Gonçalves: Tecidos de decoração e artigos de cama, mesa e banho. Rua Siqueira Campos, 78A – Copacabana.
Casa Assuf: Loja de tecidos finos. Av. Nossa Sra. de Copacabana, 685 – Copacabana. Site Aqui.

Conforme for achando mais lojas, vou atualizando aqui.


[Dani] Desafio de março: Pantacourt da Burda

Por Dani em Desafio do Mês

marco

O molde que eu escolhi pra refazer foi o da Burda de Setembro/2015. Eu acho essa moda do midi ótima e essas calças neste comprimento que ficam parecendo saias são ótimas para minha vida de ciclista pois posso ir de bike com a praticidade de uma calça mas com o frescor de uma saia.

Essa é a mardita. Fonte: www.burdastyle.com

A 1ª vez que fiz esse molde, escolhi um tecido muito ruim pra volumetria dele e tive zero paciência pra etapa “Braguilha” e menos ainda pra etapa “Cós”. A prega cruzada (não sei se esse é o nome oficial) faz um volume bem grande na frente e ainda tem bolsos. O tecido que escolhi era um crepe grosso, essa parte da prega ficou muito muito cheia, enfim, horrível.

Aí veio o desafio desse mês e, na escolha do tecido, fui correndo pro lado oposto de grosso e pesado: viscose. Viscosezinha fluida com uma estampa muito bonita e colorida que trouxe da minha última viagem pra Manaus. O Hell de Janeiro estava com temperaturas que não me deixavam ter saudade do clima da cidade natal, então fui seca na viscose.

molde

Molde do tamanho certo

Essa peça foi cheia de aprendizados, apesar de já ter feito uma antes. O primeiro foi: as mulheres alemãs são muito grandes. A primeira vez fiz o tamanho 40, seguindo os números da tabela. Ficou E-N-O-R-M-E. Tipo, fiquei sambando dentro dela. Como já tava com uns acabamentinhos meio toscos, botei na sacola de roupas de doação. Da segunda vez fiz com o molde 38. Eu não uso 38 há muitos anos, mas fui na fé, ignorando os dados da tabela. Ficou apenas um pouco maior e eu desfiz pra ajustar. Neste ajuste, refiz essa prega transpassada por que não estava gostando do volume mesmo com a viscose.

Colocar o cós foi a pior parte depois da braguilha. É uma coisa que preciso muito mesmo praticar. Mas no fim, gostei do resultado:

2016-03-23 19.31.20 cópia

Fiz um botão forradinho do mesmo tecido, mas a entretela do cós meio que ficou mole depois de lavar e ficou saindo como dá pra ver na foto, mas coloquei um colchete dentro que segura no lugar. O comprimento midi que mais gosto em mim é 68cm, tenho que anotar isso em algum lugar pra lembrar sempre.

No fim das contas gostei bastante mas sei que ainda tá (bem) longe do perfeito. Mas enquanto não fica perfeito, vou aproveitando o colorido nesse começo de outono com cara de meio de verão.